“Para todos aqueles que apelidam o Futsal como o Futebol dos pequeninos, este jogo foi uma prova de vitalidade e do entusiasmo que o público sente em relação ao Futsal. Essas pessoas deviam ter mais respeito pela modalidade, até porque um sinal inequívoco de inteligência é não falarmos daquilo que não sabemos.” Sábias palavras as de Orlando Duarte no final do primeiro jogo do Mundialito Outdoor de Futsal, em Monte Gordo. Felizmente o Futsal já se começa cada vez mais a afirmar como uma modalidade completamente “autónoma”, capaz de per si movimentar já muita gente.
Este mundialito outdoor foi exemplo máximo dessa “capacidade de mobilização” do Futsal. Mesmo tendo os jogos da nossa selecção transmissão televisiva, raro foi o dia em que a Arena de Monte Gordo não esgotasse para ver futsal, mesmo ao sol com temperaturas pouco recomendáveis.
É cada vez mais um sinal inequívoco de que a modalidade ganhou o seu espaço, por muito que alguns “iluminados” queiram fazer parecer o contrário.
Esse “espaço” tem sido conseguido a muito custo, com os intervenientes da modalidade a terem de travar uma dura batalha “contra tudo e todos”, mas felizmente isso também tem levado a que o crescimento da mesma se tenha mostrado sólido e eficaz. Restará talvez uma maior projecção televisiva e que o FC Porto também adira à modalidade, para que todo esse esforço se consolide definitivamente no panorama nacional. Isso e a nossa Federação “acordar” e perceber que é urgente e importante criar uma Selecção de Sub-21 de Futsal, para que os novos valores continuem a crescer na modalidade e a ter espaço para poder sentir o orgulho de representar o seu país no desporto que praticam.
Livre de 10 metros
Espaço de Opiniões Sobre o Futsal feito por aqueles que vivem a modalidade por dentro
-Xavier Costa (jogador Sp.Tomar/colaborador Jornal O Templario/treinador juvenis Sp.Tomar)
-João Lino (jogador Juv.Ouriense/treinador juniores Juv.Oureinse)
-Miguel Tente (treinador UDR Cernache)
-Prof. Joel Rocha (treinador-adjunto AD Fundão/treinador juniores AD Fundão)
12 julho 2007
22 junho 2007
Gala FutsalPortugal
Organizada pelo site FutsalPortugal, a 3ª Gala FutsalPortugal vai trazer grandes nomes do futsal nacional ao nosso distrito, mais concretamente a Almeirim.
Relativamente a este importante evento, quero dar os mais sinceros parabéns à autarquia de Almeirim, pois, segundo me foi possível apurar, foi da parte dela que surgiu o convite e o interesse de realizar um evento deste género em Almeirim, reunindo os melhores jogadores a nível nacional num jogo amigável.
A ideia evoluiu até chegar à Gala, um evento de nível nacional que se espera vir a ser de grande sucesso e que ajudará em muito os escalões de formação do futsal distrital, pois as receitas deste evento serão convertidas em material desportivo que será depois entregue aos clubes que inscrevam equipas nos escalões de formação.
Por tudo isso, a autarquia de Almeirim merece os meus mais sinceros parabéns pela coragem e audácia de levar a cabo uma iniciativa destas.
De referir, ainda a nomeação da equipa d’Os Patos, na categoria de Melhor Prestação Distrital, justa numa época em que os comandados de Hélder Rodrigues foram “donos e senhores” do futsal no distrito de Santarém.
Regressando agora à competição, o Benfica ganhou a primeira mão da final dos Play-Offs, frente ao eterno rival, o Sporting. Está bem encaminhada a equipa de Adil Amarante para conquistar todos os troféus portugueses onde esteve envolvida esta época.
Mas cuidado com os festejos prematuros. O primeiro jogo desta mão terminou 1-4 a favor dos “encarnados”, mas esteve longe de ser fácil a tarefa. O Sporting organiza-se bem defensivamente, a grande diferença esteve mais uma vez no pé esquerdo de Ricardinho, que não perdoou em frente à baliza e em Bebé, que no 1 para 1 conseguiu tornar a baliza do Benfica minúscula aos olhos dos avançados leoninos. Nesta segunda mão as duas equipas vão estar na máxima força, com o regresso do capitão “verde” Zézito e com a recuperação total de Davi, o que pode criar muitas dificuldades aos Benfica. Garantias, garantias, só quanto à fantástica qualidade de jogo apresentada por estes dois gigantes do nosso futsal.
Relativamente a este importante evento, quero dar os mais sinceros parabéns à autarquia de Almeirim, pois, segundo me foi possível apurar, foi da parte dela que surgiu o convite e o interesse de realizar um evento deste género em Almeirim, reunindo os melhores jogadores a nível nacional num jogo amigável.
A ideia evoluiu até chegar à Gala, um evento de nível nacional que se espera vir a ser de grande sucesso e que ajudará em muito os escalões de formação do futsal distrital, pois as receitas deste evento serão convertidas em material desportivo que será depois entregue aos clubes que inscrevam equipas nos escalões de formação.
Por tudo isso, a autarquia de Almeirim merece os meus mais sinceros parabéns pela coragem e audácia de levar a cabo uma iniciativa destas.
De referir, ainda a nomeação da equipa d’Os Patos, na categoria de Melhor Prestação Distrital, justa numa época em que os comandados de Hélder Rodrigues foram “donos e senhores” do futsal no distrito de Santarém.
Regressando agora à competição, o Benfica ganhou a primeira mão da final dos Play-Offs, frente ao eterno rival, o Sporting. Está bem encaminhada a equipa de Adil Amarante para conquistar todos os troféus portugueses onde esteve envolvida esta época.
Mas cuidado com os festejos prematuros. O primeiro jogo desta mão terminou 1-4 a favor dos “encarnados”, mas esteve longe de ser fácil a tarefa. O Sporting organiza-se bem defensivamente, a grande diferença esteve mais uma vez no pé esquerdo de Ricardinho, que não perdoou em frente à baliza e em Bebé, que no 1 para 1 conseguiu tornar a baliza do Benfica minúscula aos olhos dos avançados leoninos. Nesta segunda mão as duas equipas vão estar na máxima força, com o regresso do capitão “verde” Zézito e com a recuperação total de Davi, o que pode criar muitas dificuldades aos Benfica. Garantias, garantias, só quanto à fantástica qualidade de jogo apresentada por estes dois gigantes do nosso futsal.
13 junho 2007
Já estááááá!!!!!!
A Secção de Futsal da ADF – Associação Desportiva do Fundão, conseguiu, no seu ano de estreia, a manutenção no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de Futsal. Reafirmei inúmeras vezes que o objectivo esteve sempre presente, consistente e de forma racional seria ambicionado até ao último segundo (caso necessário). E porque sempre acreditámos que seria alcançado, orientámos sempre o nosso pensamento nesse sentido e sobretudo treinámos e jogámos com o intuito de o concretizar. Agora que terminou e chegou ao fim o Campeonato e o objectivo foi alcançado, sentimos alegria, felicidade, orgulho e o sentimento de dever cumprido! Já está!!!
Numa época tão longa quanto difícil, os 10 meses de trabalho, dedicação e esforço têm um saldo extremamente positivo. Encarámos as dificuldades com serenidade e transformámos erros em soluções. Procurámos sempre corrigir e encontrar solução para os problemas, utilizando forças que por vezes pareciam não existir. Tivemos alma, espírito, coração e razão. Estivemos entregues e dedicados de forma integral à modalidade, ao clube, à instituição, aos nossos objectivos. Formámos uma família e agora temos duas. O Balneário, o Pavilhão, o treino, o jogo e até o autocarro foram a nossa casa durante 10 meses e tudo aquilo que vivemos juntos foi-nos tornando cada vez mais fortes e unidos, que quase nem dávamos conta do mal que alguns nos queriam! Aprendemos com as derrotas e fomos melhorando, aprendemos com as vitórias e fomos consolidando e equilibrando o rendimento. De algumas debilidades e imperfeições fizemos forças e energias que nos levariam ao êxito. Errámos e acertámos, perdemos, empatámos e vencemos. No final fica uma certeza: a secção de Futsal da ADF está toda inteiramente de Parabéns! Como estão de Parabéns também as nossas famílias e amigos, aqueles a quem roubamos tempo e momentos e aqueles que aturam os nossos estados de espírito em função dos resultados. Obrigado também para eles! Certas e não raras vezes o desgaste acumulado e provocado pela ansiedade pré e pós competitiva foi controlado também por eles e com a ajuda deles. O Futsal é apaixonante e fazer parte dele é viciante!
E porque o disse várias vezes e não me importo nada de o referir novamente, desde 16 de Agosto de 2006 (primeiro dia da época) até 10 de Junho de 2007 (último dia da época), independentemente do que disseram ou escreveram, as críticas não nos abalaram e os elogios não nos iludiram, fomos sempre o que somos e o que treinamos, não o que disseram ou escreveram, sempre fiéis à nossa personalidade e à concretização dos nossos objectivos. E para que não se pense de forma errada, o que custa não é chegar ao fim dos 10 meses e atingir o objectivo, o difícil é gerir tudo desses 10 meses para que o resultado seja brilhante!
Contudo, também a Formação está de Parabéns! As Escolinhas continuam a aprender, os Iniciados venceram todos os jogos e têm na vitória uma formação consolidada e sustentada no seu processo de ensino/aprendizagem e os Juniores alcançaram as meias-finais da Taça Nacional, sendo derrotados pelo Benfica, tendo estado entre as 4 melhores equipas nacionais. Se considerarmos os Juniores como um escalão de pré-rendimento / pré-elite, os resultados obtidos esta época deixam um futuro interessante a estes atletas para seguirem o seu percurso no Futsal: bi-campeões distritais, presença na meia-final da Taça Nacional e nos 24 jogos oficiais desta época, 3 derrotas, 2 empates e 19 vitórias!
Numa época tão longa quanto difícil, os 10 meses de trabalho, dedicação e esforço têm um saldo extremamente positivo. Encarámos as dificuldades com serenidade e transformámos erros em soluções. Procurámos sempre corrigir e encontrar solução para os problemas, utilizando forças que por vezes pareciam não existir. Tivemos alma, espírito, coração e razão. Estivemos entregues e dedicados de forma integral à modalidade, ao clube, à instituição, aos nossos objectivos. Formámos uma família e agora temos duas. O Balneário, o Pavilhão, o treino, o jogo e até o autocarro foram a nossa casa durante 10 meses e tudo aquilo que vivemos juntos foi-nos tornando cada vez mais fortes e unidos, que quase nem dávamos conta do mal que alguns nos queriam! Aprendemos com as derrotas e fomos melhorando, aprendemos com as vitórias e fomos consolidando e equilibrando o rendimento. De algumas debilidades e imperfeições fizemos forças e energias que nos levariam ao êxito. Errámos e acertámos, perdemos, empatámos e vencemos. No final fica uma certeza: a secção de Futsal da ADF está toda inteiramente de Parabéns! Como estão de Parabéns também as nossas famílias e amigos, aqueles a quem roubamos tempo e momentos e aqueles que aturam os nossos estados de espírito em função dos resultados. Obrigado também para eles! Certas e não raras vezes o desgaste acumulado e provocado pela ansiedade pré e pós competitiva foi controlado também por eles e com a ajuda deles. O Futsal é apaixonante e fazer parte dele é viciante!
E porque o disse várias vezes e não me importo nada de o referir novamente, desde 16 de Agosto de 2006 (primeiro dia da época) até 10 de Junho de 2007 (último dia da época), independentemente do que disseram ou escreveram, as críticas não nos abalaram e os elogios não nos iludiram, fomos sempre o que somos e o que treinamos, não o que disseram ou escreveram, sempre fiéis à nossa personalidade e à concretização dos nossos objectivos. E para que não se pense de forma errada, o que custa não é chegar ao fim dos 10 meses e atingir o objectivo, o difícil é gerir tudo desses 10 meses para que o resultado seja brilhante!
Contudo, também a Formação está de Parabéns! As Escolinhas continuam a aprender, os Iniciados venceram todos os jogos e têm na vitória uma formação consolidada e sustentada no seu processo de ensino/aprendizagem e os Juniores alcançaram as meias-finais da Taça Nacional, sendo derrotados pelo Benfica, tendo estado entre as 4 melhores equipas nacionais. Se considerarmos os Juniores como um escalão de pré-rendimento / pré-elite, os resultados obtidos esta época deixam um futuro interessante a estes atletas para seguirem o seu percurso no Futsal: bi-campeões distritais, presença na meia-final da Taça Nacional e nos 24 jogos oficiais desta época, 3 derrotas, 2 empates e 19 vitórias!
23 maio 2007
Betão a mais… rua a menos!
Parafraseando palavras minhas, “experimentem juntar duas ou três crianças com uma bola e observem, simplesmente observem. Certamente vão ver como elas nos ensinarão o que devemos fazer, e certamente, encontraremos inúmeras formas de lhe estimular e desenvolver a inteligência do jogo, a concentração, sem nunca retirarmos a vertente lúdica, o gosto e a paixão pelo jogo.” Se o fizerem, as crianças vão-nos ensinar que devemos começar o jogo/treino por operacionalizar os princípios de jogo, ofensivos e defensivos. As crianças, sozinhas, já o fazem, basta “deixá-las ir e segui-las”. Não é fácil, mas é muito mais fácil!
A realidade é que a criança, sem qualquer base teórica nas orientações para a sua aprendizagem, encontra processos para “aprender a jogar”, sem ser preciso que “ninguém a ensine”. Parece um contra-senso mas a criança, ao não ter ninguém a ensiná-la nem sujeita a nenhuma restrição teórica, limita-se a fazer aquilo que mais gosta: jogar. E aprende a jogar jogando. A criança “joga à bola” livre de preocupações, adapta-se ao espaço, ao número de crianças, às condições do terreno e nada é impeditivo de juntas (ou sozinhas) fazerem aquilo que mais gostam – a paixão pela bola, a paixão pelo jogo, o simples “jogar à bola”.
O número de crianças envolvidas pode parecer um problema (que para as crianças nunca se coloca) neste “jogar à bola” das crianças. Mas para mim não é mais do que a solução do problema. Vejamos e observemos como elas se organizam e analisemos o que encontramos de comum nas formas jogadas que as crianças utilizam frequentemente. Se a criança estiver sozinha, além de contornar obstáculos por ela inventados, faz condução de bola, muda de direcção, procurando sempre em cada acção um objectivo. Se não estiver satisfeita procura uma parede e realiza passes, remates ou até mesmo lançar a bola com a mão para depois cabeceá-la. Mesmo sozinha, joga e aprende o jogo (mesmo particularizado e fragmentado através do individualizado). Se estiverem duas crianças, é inevitável: uma vai para a baliza e tenta impedir o golo e a outra remata e tenta obter golo (1x0+GR). Se estiverem 3 crianças, podemos observar (entre outras soluções) um atacante na posse de bola, um defensor que tenta impedir a progressão do atacante e um guarda-redes (1x1+GR). E se estiverem mais crianças, mais soluções existem, sempre com uma finalidade e com um objectivo: o prazer de “jogar”. E reparem que as crianças adoptam para as suas brincadeiras a essência mais verdadeira e realista do jogo: marcar golos e não sofrer golos.
A criança, pelo seu prazer de jogar – paixão do jogo – e sem interferência do adulto, aprende a jogar sozinha. Não condicionem a inteligência da criança… estimulem-na e aproveitem-na!
Por tudo isto o título de hoje: betão a mais e rua a menos! Falta rua para as crianças jogarem à bola, há computadores e televisões a mais, há elevação de betão sem critério. Isso é um problema para o desenvolvimento integral da criança. Mas parece que só mesmo para elas o problema não se coloca: as crianças, com uma bola na mão, fazem de um simples hall de entrada de um prédio uma baliza e do passeio a grande área; fazem dos parques de diversão infantil campos de futebol onde os baloiços são a baliza, a tabela de basquetebol e os carrosséis as referências espaciais e os bancos os adversários; fazem de um portão de uma casa o objectivo do golo e de uma linha tracejada no chão (que pertence ao código da estrada) o limite para atingir o alvo; fazem da piscina, da praia, do parque de estacionamento, do quarto ou de qualquer outro local, o espaço onde querem ser, momentaneamente, heróis com uma bola nos pés. E se não houver nada num determinado espaço, fazem dos sapatos, dos livros ou dos casacos as referências para a baliza, marcam no chão as linhas limites (nem que para isso seja necessário ir à obra de construção mais próxima partir um tijolo para que se veja a linha no chão) e jogam à bola, até à exaustão, com paixão pelo jogo. E da paixão pelo jogo nasce o atleta.
Curiosamente, até as crianças quando jogam entre elas não se preocupam com “brincadeiras fúteis” ou descontextualizadas, preocupam-se sim em jogar, em jogar muito e cada vez melhor, em aperfeiçoar dia a dia o seu jogar entre elas. Não começam “o jogo” correndo entre as árvores, saltando por cima dos bancos de jardim, contornando os carros do passeio ou vendo quem chega primeiro à boca-de-incêndio. Simplesmente chegam ao local do jogo, fazem as equipas, definem as regras e “jogam à bola”. Até as crianças se preocupam “apenas e só” com aquilo que querem.
A realidade é que a criança, sem qualquer base teórica nas orientações para a sua aprendizagem, encontra processos para “aprender a jogar”, sem ser preciso que “ninguém a ensine”. Parece um contra-senso mas a criança, ao não ter ninguém a ensiná-la nem sujeita a nenhuma restrição teórica, limita-se a fazer aquilo que mais gosta: jogar. E aprende a jogar jogando. A criança “joga à bola” livre de preocupações, adapta-se ao espaço, ao número de crianças, às condições do terreno e nada é impeditivo de juntas (ou sozinhas) fazerem aquilo que mais gostam – a paixão pela bola, a paixão pelo jogo, o simples “jogar à bola”.
O número de crianças envolvidas pode parecer um problema (que para as crianças nunca se coloca) neste “jogar à bola” das crianças. Mas para mim não é mais do que a solução do problema. Vejamos e observemos como elas se organizam e analisemos o que encontramos de comum nas formas jogadas que as crianças utilizam frequentemente. Se a criança estiver sozinha, além de contornar obstáculos por ela inventados, faz condução de bola, muda de direcção, procurando sempre em cada acção um objectivo. Se não estiver satisfeita procura uma parede e realiza passes, remates ou até mesmo lançar a bola com a mão para depois cabeceá-la. Mesmo sozinha, joga e aprende o jogo (mesmo particularizado e fragmentado através do individualizado). Se estiverem duas crianças, é inevitável: uma vai para a baliza e tenta impedir o golo e a outra remata e tenta obter golo (1x0+GR). Se estiverem 3 crianças, podemos observar (entre outras soluções) um atacante na posse de bola, um defensor que tenta impedir a progressão do atacante e um guarda-redes (1x1+GR). E se estiverem mais crianças, mais soluções existem, sempre com uma finalidade e com um objectivo: o prazer de “jogar”. E reparem que as crianças adoptam para as suas brincadeiras a essência mais verdadeira e realista do jogo: marcar golos e não sofrer golos.
A criança, pelo seu prazer de jogar – paixão do jogo – e sem interferência do adulto, aprende a jogar sozinha. Não condicionem a inteligência da criança… estimulem-na e aproveitem-na!
Por tudo isto o título de hoje: betão a mais e rua a menos! Falta rua para as crianças jogarem à bola, há computadores e televisões a mais, há elevação de betão sem critério. Isso é um problema para o desenvolvimento integral da criança. Mas parece que só mesmo para elas o problema não se coloca: as crianças, com uma bola na mão, fazem de um simples hall de entrada de um prédio uma baliza e do passeio a grande área; fazem dos parques de diversão infantil campos de futebol onde os baloiços são a baliza, a tabela de basquetebol e os carrosséis as referências espaciais e os bancos os adversários; fazem de um portão de uma casa o objectivo do golo e de uma linha tracejada no chão (que pertence ao código da estrada) o limite para atingir o alvo; fazem da piscina, da praia, do parque de estacionamento, do quarto ou de qualquer outro local, o espaço onde querem ser, momentaneamente, heróis com uma bola nos pés. E se não houver nada num determinado espaço, fazem dos sapatos, dos livros ou dos casacos as referências para a baliza, marcam no chão as linhas limites (nem que para isso seja necessário ir à obra de construção mais próxima partir um tijolo para que se veja a linha no chão) e jogam à bola, até à exaustão, com paixão pelo jogo. E da paixão pelo jogo nasce o atleta.
Curiosamente, até as crianças quando jogam entre elas não se preocupam com “brincadeiras fúteis” ou descontextualizadas, preocupam-se sim em jogar, em jogar muito e cada vez melhor, em aperfeiçoar dia a dia o seu jogar entre elas. Não começam “o jogo” correndo entre as árvores, saltando por cima dos bancos de jardim, contornando os carros do passeio ou vendo quem chega primeiro à boca-de-incêndio. Simplesmente chegam ao local do jogo, fazem as equipas, definem as regras e “jogam à bola”. Até as crianças se preocupam “apenas e só” com aquilo que querem.
08 maio 2007
Adaptações pessoais
Nesta minha estreia no blog, gostava de partilhar a minha curta experiência e ouvir opiniões sobre a temática das adaptações de personalidade.
Será que é o treinador que deve ser adaptar á personalidade de cada jogador? Será os jogadores que têm que se adaptar ao treinador? Será mútuo? Ou será que mesmo mutuo deve tender para algum dos lados?
A adaptação\conhecimento do treinador de cada jogador é muito importante, percebe-se qual a forma melhor de o motivar, de relacionar, de dizer algo e não baixar a moral desse mesmo jogador, mas acho que não se deve actuar disciplinarmente de forma diferente consoante a personalidade ou variar o método de treino, porque essa habituação pode ao jogador criar uma acomodação futura, que com outros treinadores pode não ser possível.
Será que é o treinador que deve ser adaptar á personalidade de cada jogador? Será os jogadores que têm que se adaptar ao treinador? Será mútuo? Ou será que mesmo mutuo deve tender para algum dos lados?
A adaptação\conhecimento do treinador de cada jogador é muito importante, percebe-se qual a forma melhor de o motivar, de relacionar, de dizer algo e não baixar a moral desse mesmo jogador, mas acho que não se deve actuar disciplinarmente de forma diferente consoante a personalidade ou variar o método de treino, porque essa habituação pode ao jogador criar uma acomodação futura, que com outros treinadores pode não ser possível.
Por outro lado acho super importante os jogadores se adaptarem á personalidade do treinador, aos seus métodos, á sua exigência, á sua dinâmica. Essa adaptação por um grupo leva a uma mais rápida aprendizagem, a uma maior organização e atitude de equipa.
Para o bom funcionamento do grupo deve haver uma adaptação mutua das personalidades, mas não em todas as situações, principalmente a nível disciplinar, as medidas têm que ser iguais para todos, porque uma variação de medidas consoante cada atleta levará sempre a pensamentos de injustiça, de abuso de confiança e de falta de respeito.
Fundamental também é a adaptação pessoal entre os atletas, cada um saber o que pode ou não dizer, pensar antes de dizer algo se vai ou não criar conflito as suas palavras, ter uma atitude “profissional” (Podemos não ganhar como profissionais, mas podemos ter a sua atitude).
Qualquer jogador pode ser muito bom de pés, mas se não tiver atitude de jogador, será complicado impor-se. Essa atitude vê-se em variadas coisas, desde chegar a horas aos treinos, respeitar as decisões do treinador, colocar o colectivo á frente do individual, trabalhar forte nos treinos, dormir as horas certas antes dos jogos, não beber álcool na véspera dos jogos, respeitar os colegas, entre outras coisas.
O bom relacionamento dentro de um grupo e a percepção de cada um de até onde pode ir com cada pessoa, é meio caminho andado para o sucesso colectivo.
João Lino
02 maio 2007
27 abril 2007
Videos Taças Nacionais
Aqui seguem dois videozinhos com partes de dois jogos das Taças Nacionais de Futsal com equipas Ribatejanas:
- Juv.Ouriense 3-6 Fundão (Taça Nacional de Juniores)
- Riachense 4-8 Golpilheira (Taça Nacional de Femininos)
- Juv.Ouriense 3-6 Fundão (Taça Nacional de Juniores)
- Riachense 4-8 Golpilheira (Taça Nacional de Femininos)
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