António Paiva, presidente da Câmara Municipal de Tomar, na extensa entrevista que fez ao suplemento Grande Área,do Jornal O Templário, considera que o Futsal tem estado a evoluir depressa demais, pois no nosso distrito não se cobrava para assistir aos jogos, para os pavilhões não ficarem vazios, enquanto que em Lisboa já se pagam ordenados muito elevados e teme que a situação se alastre ao distrito, o que para ele vai contra o que é desenvolvimento desportivo.
Concordo em grande parte com a afirmação de António Paiva, mas o problema não está no desenvolvimento rápido do Futsal nas outras zonas, o problema está no atraso que Santarém ainda tem e continuará a ter para os outros distritos. Estamos “rodeados” pelos distritos de Leiria, Lisboa, Castelo Branco, todos eles com um potencial financeiro bem superior ao de Santarém. Compreendo António Paiva, as autarquias não podem ser os únicos “alicerces” financeiros dos clubes de Futsal. As empresas da região também comportam um papel fundamental na expansão deste desporto! Mas quem cria as condições para as empresas se fixarem nas regiões? Não são as autarquias? É um efeito “bola-de-neve” que se gera, em nada ajudando o Futsal e as outras modalidades. E não há que incentivar e apoiar os clubes que têm sucesso no distrito, levando o nome dos concelhos e do distrito mais longe?
Não tomem esta minha opinião como um “recado” ao Presidente da Câmara Municipal de Tomar, mas antes como um recado a todas as autarquias, empresas e clubes do nosso distrito. O Futsal já é uma grande modalidade, e com custos ainda bem inferiores ao Futebol de 11. Se as autarquias e empresas souberam “apoiar” bem este momento de crescimento da modalidade do nosso distrito, dando-lhe condições minimamente semelhantes aos dos distritos referidos, então sim, Santarém poderá ombrear com os “vizinhos” sem qualquer problema, porque, do que conheço até agora, em termos de qualidade “futsalística” nada lhes ficamos a dever.
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