A selecção nacional de Futsal já leva 12 jogos seguidos sem perder. A última vítima foi a selecção da Holanda, que perdeu os 2 jogos que fez com Portugal, um pela margem mínima de 1-2 e o outro, mais dilatado, por 5-1.
E se é sempre de referir este óptimo registo da selecção nacional, mesmo que sendo com jogos amigáveis. Agora a pergunta que se coloca é: a que custo??
Têm vindo a ser noticiadas nos últimos dias reacções de insatisfação por parte da equipa do Freixieiro, quanto à utilização dos seus internacionais.
A equipa nortenha defende, e a meu ver, com uma certa razão, que estes jogos amigáveis da selecção os estão a prejudicar desportivamente.
Ou seja, o que acontece, é que, mesmo para um jogo amigável a meio da semana, digamos a uma Quarta-Feira, os jogadores juntam-se à selecção na Terça e regressam ao clube prontos para trabalhar apenas na Sexta-Feira, com os jogos do campeonato a decorrerem ao Sábado.
Ou seja, numa semana, os atletas treinam duas vezes. A esta “luta” também já se juntou o Benfica, principal “fornecedor” de atletas para a equipa das quinas, que também refere essa dificuldade em preparar condignamente os jogos oficiais.
Claro que é sempre bom a Selecção Nacional ter um registo deste género, mas será mesmo necessário utilizar esta grande percentagem de jogadores profissionais, mesmo em jogos amigáveis?
Em competição é perfeitamente aceitável, e aí, penso que os clubes também não colocarão entraves à utilização dos jogadores, nem o devem fazer!!
Mas não seriam estes jogos amigáveis uma boa oportunidade de dar hipótese a que “caras novas” enverguem a camisola de todos nós?
Ficava a ganhar a selecção, pois podia observar in loco novos talentos do futsal português; ganhavam os jogadores que se estreavam, pois usar a camisola nacional, ainda que num jogo amigável, enche de orgulho qualquer um; ganhava também o campeonato português, pois as equipas chamadas “de topo” podiam preparar a jornada com toda a tranquilidade, trazendo mais qualidade à competição.